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sexta-feira, 31 de maio de 2013

O TEMPO

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. 


Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.


O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do jardim para que elas venham até você.


No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


[Autor Desconhecido]

sábado, 18 de maio de 2013

TODOS OS POEMAS SÃO DE AMOR


Se o poeta falar num gato, numa flor,
num vento que anda por descampados e desvios
e nunca chegou à cidade…
se falar numa esquina mal e mal iluminada…
numa antiga sacada… 
num jogo de dominó…
se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo que morriam de verdade…
se falar na mão decepada no meio de uma escada
de caracol…
Se não falar em nada
e disser simplesmente tralalá… 
Que importa?
Todos os poemas são de amor!

Mário Quintana

SUCESSO MUSICAL


Uma cantora gravou
Uma canção bem clichê
Com melodia grudenta
Pra milhões logo vender

Ela também convidou

Um cantor superstar
Para aumentar o sucesso
E as vendas alavancar

Como já era esperado

A canção logo estourou
Trazendo muito dinheiro
E no ouro ela nadou

E o cantor convidado

Era só um figurante
Cantava menos que ela
Com o seu cantar lacerante

O choro do seu cantar

Não era só um estilo
Era também porque ele
Menos ouro viu o brilho.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

PENSAMENTO DO DIA [XV]:

"É um erro muito comum acreditar que aqueles que fazem mais barulho a lamentarem-se em favor do público sejam os mais preocupados com o seu bem-estar."


domingo, 12 de maio de 2013

VALSA DAS FLORES [TCHAIKOVSKY]


REFLEXÃO ATUALÍSSIMA [V]:

Feita por Jonathan Swift em "As Viagens de Gulliver" sobre os advogados:

"O número daqueles que, entre nós, se dão à jurisprudência e fazem profissão de interpretar a lei, é infinito e ultrapassa o das lagartas. Têm entre si todas as espécies de escalas, de distinções e de nomes. Como a sua enorme quantidade torna o ofício pouco lucrativo, para fazer de maneira que, ao menos, lhes dê para viver, recorrem à indústria e à chicana. Aprenderam, logo nos primeiros anos, a arte maravilhosa de provar, com um discurso retorcido, que o preto é branco e o branco é preto."

PARA SEMPRE


Um poema para o dia das mães:

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 

Morrer acontece

com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

[Carlos Drummond de Andrade]


quinta-feira, 9 de maio de 2013

PENSAMENTO DO DIA [XIV]:

"Para denunciar a estupidez não é preciso criar fatos. 
Ela sempre está a nosso lado. Soberana, eterna e onipresente."

[Janer Cristaldo]

PENSAMENTO DO DIA [XIII]:

“[...] Hitler perdeu a guerra. Pela primeira vez na história, não se deixou ao vencido nenhuma, nenhuma glória; nem mesmo a dolorosa glória do naufrágio. O vencedor não se contentou em vencer, decidiu julgar o vencido, e julgou toda a nação."

Milan Kundera

segunda-feira, 6 de maio de 2013

POIS BEM!

Um poema de exaltação ao povo português:


Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
Num sorriso de dó eu pensarei: - Pois bem!
Se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
Fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
Fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
E para te ensinar a ser correcto já,
Coloquei-te na mão a xícara de chá...

E se for um francês que me olhar com desdém,

Num sorriso de dó eu pensarei: - Pois bem!
Recorda-te que eu tenho esta vaidade imensa
De ter sido cigarra antes da Provença.
Rabelais, o teu génio, aluno eu o ensinei
Antes de Montgolfier, um século! Voei
E do teu Imperador as águias vitoriosas
Fui eu que as depenei primeiro, e às gloriosas
O Encoberto as levou, enxotando-as no ar,
Por essa Espanha acima, até casa a coxear.

E se um Yankee for que me olhar com desdém,

Num sorriso de dó eu pensarei: - Pois bem!
Quando um dia arribei à orla da floresta,
Wilson estava nu e de penas na testa.
Olhava para mim o vermelho doutor,
- eu era então o João Fernandes Labrador...
E o rumo que seguiste a caminho da guerra
Fui eu que to marquei, descobrindo a tua terra.

Se for um Alemão que me olhar com desdém,

Num sorriso de dó eu pensarei: - Pois bem!
Eras ainda a horda e eu orgulho divino,
Tinha em veias azuis gentil sangue latino.
Siguefredo esse herói, afinal é um tenor...
Siguefredos hei mil, mas de real valor.
Os meus deuses do mar, que Valhala de Glória!
Os Nibelungos meus estão vivos na História.

Se for um Japonês que me olhar com desdém,

Num sorriso de dó eu pensarei: - Pois bem!
Vê no museu Guimet um painel que lá brilha!
Sou eu que num baixel levo a Europa à tua ilha!
Fui eu que te ensinei a dar tiros, ó raça
Belicosa do mundo e do futuro ameaça.
Fernão Mendes Zeimoto e outros da minha guarda
Foram-te pôr ao ombro a primeira espingarda.
Enfim, sob o desdém dos olhares, olho os céus;
Vejo no firmamento as estrelas de Deus,
E penso que não são oceanos, continentes,
As pérolas em monte e os diamantes ardentes,
Que em meu orgulho calmo e enorme estão fulgindo:
- São estrelas no céu que o meu olhar, subindo,
Extasiado fixou pela primeira vez...
Estrelas coroai meu sonho Português!

P.S. A um Espanhol, claro está, nunca direi: - Pois bem!

Não concebo sequer que me olhe com desdém.

[Afonso Lopes Vieira]

sexta-feira, 3 de maio de 2013

SONETO 19


Tempo voraz, corta as garras do leão,
E faze a terra devorar sua doce prole;
Arranca os dentes afiados da feroz mandíbula do tigre,
E queima a eterna fênix em seu sangue;
Alegra e entristece as estações enquanto corres,
E ao vasto mundo e todos os seus gozos passageiros,
Faze aquilo que quiseres, Tempo fugaz;
Mas proíbo-te um crime ainda mais hediondo:
Ah, não marques com tuas horas a bela fronte do meu amor,
Nem traces ali as linhas com tua arcaica pena;
Permite que ele siga teu curso, imaculado,
Levado pela beleza que a todos sustém.
Embora sejas mau, velho Tempo, e apesar de teus erros,
Meu amor permanecerá jovem em meus versos

Willian Shakespeare (1564-1616) 

CONCERTO PARA LADY ARWEN [COM A MÚSICA DE BACH]


VALSA DA BELA ADORMECIDA [TCHAIKOVSKY]