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domingo, 30 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

segunda-feira, 3 de março de 2014

SONETO DE CARNAVAL

Distante o meu amor, se me afigura 
O amor como um patético tormento 
Pensar nele é morrer de desventura 
Não pensar é matar meu pensamento. 

Seu mais doce desejo se amargura 

Todo o instante perdido é um sofrimento 
Cada beijo lembrado é uma tortura 
Um ciúme do próprio ciumento. 

E vivemos partindo, ela de mim 

E eu dela, enquanto breves vão-se os anos 
Para a grande partida que há no fim 

De toda a vida e todo o amor humanos: 

Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo 
Que se um fica o outro parte a redimi-lo. 

Vinícius de Morais

REFLEXÃO OPORTUNA [XII]:

Fantasiar-se, travestir-se ou se mascarar..beber para "esquecer"..ou, numa fuga do sofrimento diário, escapar da realidade insuportável, só faz sentido para um povo que tem presente um forte senso, tanto moral quando estético, do mundo em que vive...

Uma consciência aguda de si mesmo e do seu tempo..que pudesse, por um só momento, justificar essa fantasia..essa sensação de escape e de brincadeira coletiva que o Carnaval pretende ser...


Esse não é o nosso caso..nós não podemos escapar da realidade..


Nós sequer sabemos o que venha a significar a realidade no Brasil de 2014...


190 milhões de pessoas...estão doentes...



Milton Pires